A travessia: um filme para quem não passa pela a vida a passeio

Você já ouviu falar de Philippe Petit? Talvez não se recorde do nome, mas com certeza já ficou sabendo da façanha que o fez mundialmente conhecido. Petit foi o homem que atravessou o vão do World Trade Center em cima de uma corda, sem usar nenhuma proteção. Agora sim, certo?

O ato (ou loucura, como muitos diriam) foi tema para dois filmes, o documentário “O Equilibrista”, que faturou o Oscar na categoria em 2008, e o recente “A Travessia”, do famoso diretor Robert Zemeckis.

A história do protagonista do filme “A Travessia”

Petit nasceu na França, em 1949, tendo começado como malabarista nas ruas de Paris no final da década de 1960. Logo depois, mudou-se para os Estados Unidos, onde começou a trabalhar em uma corda bamba no Qashington Square Park, em Nova York.

Antes das torres gêmeas, ele já havia caminhado entre as torres da catedral de Notre Dame e pelo ponto da Baía de Sydney, mas foi em solo americano que o francês marcou seu nome na história.

A façanha

Em 7 de agosto de 1974, o acrobata, com a ajuda de alguns amigos, lançou um cabo de aço entre as duas torres do edifício, por meio de um arco e flecha. Petit planejou tudo minuciosamente durante 6 anos, aprendendo a subir ao topo da torre sem ser detectado e a esconder os cabos de aço.

Na manhã daquele dia histórico, o francês, que tinha apenas 24 anos, passaria cerca de 45 minutos suspenso no ar. O artista, junto com seus amigos, realizou tudo ilegalmente, sofrendo um pequeno processo judicial (como a façanha teve sucesso, sua pena foi reduzida, e o francês só teve que prestar um serviço social, apresentando-se para crianças no Central Park).

Recepção do público e da crítica

Zemeckis é famoso por seus ângulos inovadores e pelo uso da tecnologia, e abusou dos dois em “A Travessia”. Com a ajuda do 3D, temos uma experiência de tirar o fôlego quando Petit atravessa as torres, enxergando, algumas vezes, a paisagem da perspectiva do francês.

Quem assistiu ao filme em terceira dimensão, com uma tela grande, foi beneficiado pelas lindas imagens construídas digitalmente e pela aflição de se imaginar suspenso a 417 metros de altura.

Porém, o longa não foi bem recebido pela crítica. Zemeckis, já conhecido por individualizar seus personagens, como em “Forrest Gump” e “O Náufrago”, centra a história muito mais nas torres do que em problematizar a vida e as relações do seu personagem principal.

Fortemente criticado também, Joseph Gordon-Lewitt, ator que interpreta Petit, acabou passando, com seu sotaque bilíngue mal elaborado, a ideia de que o acrobata era mais um louco do que um artista em busca de reconhecimento.

O filme “A Travessia”, que tem um tom saudosista em relação às torres gêmeas, mostra a superação do personagem, que busca protagonizar momentos históricos, marca da sua natureza artística. Depois da façanha, Petit continuou realizando suas performances, e uma das mais famosas foi o caminho feito entre o segundo andar da Torre Eiffel e a Place du Trocadero, em Paris.

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